quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Festa dos Praças de 50 e 60 anos

Desta vez, foram os filhos da Terra nascidos nos anos de 1953 e 1963, a fazerem a sua festa.

Parece que pegou a ideia dos Praças de diferentes idades organizarem as suas festas comemorativas e este ano foram os de 50 e 60 anos a fazê-la, convidando o Povo da aldeia a associar-se à iniciativa, ao que este respondeu em grande número, com significativo destaque para a comunidade emigrada.

O evento teve início com a Missa campal na capela da Nª Senhora das Necessidades, celebrada pelo padre Diogo e seguida do almoço/convívio, em que aliado ao prazer das iguarias, esteve o prazer de se rever e conversar com amigos de longa data, que por força das circunstâncias, há muito não se viam.

Foi um excelente dia de confraternização que culminou com a abertura e degustação do bolo comemorativo e respetivo cântico coletivo de parabéns aos Praças.

Um bem-haja para eles.

Ficam as imagens possíveis...



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Castelões - Neve


Fevereiro de 2013.

Raramente vamos a Castelões quando à previsão de neve, já que são frequentes os cortes de estrada na Serra do Marão, se optar por Vila Real, ou na zona do Alvão, se formos pelo lado de Ribeira de Pena, sujeitos que estamos a passar horas a fio parados na estrada ou aos perigos de condução daí associados.

Quis o destino que nesta segunda-feira de Carnaval, depois de um dia de Domingo solarengo, embora frio, a neve viesse a cair durante a noite, proporcionando a quem tem raras oportunidades de a visionar, momentos de beleza ímpar.

Perante tal cenário, peguei na câmara, meti pés-ao-caminho e desatei a Clikar.

Aqui fica uma forma diferente de ver a minha aldeia, Castelões.



domingo, 19 de agosto de 2012

Aldeia de Castelões

A Juventude

Juventude, era o nome dado ao grupo de acção Católica composto pelas jovens mulheres de Castelões e de Calvão.


Chegaram-me estas fotografias pela mão da Maria Adelaide Cabeleira Luzio, que se revelam de grande interesse, pois é possível identificar muitas das nossas mães, avós ou tias, que pelo inicio dos anos 40 (data das fotos) pertenciam a esse movimento.


Podem usar a área de comentários para ajudar a identificar quem está nestas fotografias.

Posso iniciar garantindo que:
Na segunda foto, a terceira a contar da esquerda para a direita é a Maria Rodrigues Couto, minha mãe.



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Aldeia de Castelões

Artesanato


Foi em noite mal dormida, daquelas em que pensamos em tudo e mais alguma coisa, que o Armindo Rodrigues, outrora "O da minhota" e agora "O guarda", teve a brilhante ideia de arranjar um hobby para as suas poucas horas de vazio.




Nessa noite vieram-lhe à ideia os seus netos e os dos outros, que longe da terra mãe vão crescendo e desenvolvendo outros conhecimentos, e que mais tarde vem de férias às origens, ficando confusos quando ouvem falar em nomes de utensílios de trabalho dos quais não fazem a mínima ideia da sua forma ou utilidade, fugindo cada vez mais rápido a possibilidade de os mostrar e poder esclarecer sobre a sua utilidade e funcionalidade.




Com a chegada das máquinas agrícolas, o arado, a charrua, a agrade  ou o carro com estadulhos, de tracção animal, a roca, o fuso ou a dobadoira, para trabalharem na lã, o engaço, as forquilhas, a foice, a foicinha, ou a vara da aguilhada e tantas outras peças que faziam parte do dia-a-dia dos seus antepassados, vão desaparecendo.




Pensando à distância, o Armindo pôs em marcha o projecto de reproduzir à escala 1x10 toda essa panóplia de coisas da lavoura que orgulhosamente multiplica e preserva para memória futura.




Sem qualquer interesse comercial, este meu praça dedica um pouco de si em prol dos outros, contribuindo para a preservação de um património que é a identidade do nosso povo e da nossa região.

Bem haja por isso.






sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Aldeia de Castelões

Enigma


Com o mal dos incêndios, lá aparece uma coisa boa.

Foi na nossa serra, por poucos conhecida como Serra do Ramalho, perto do marco branco dos Forninhos, que foi encontrada uma pedra granítica com uma gravura esculpida em forma de alvo, desconhecendo-se a sua época, significado ou valor arqueológico.



Depois de se tentar encontrar algo semelhante através da Internet, sem resultado, recorremos ao IGESPAR e a uma Associação de Arqueólogos Portugueses, no sentido de nos poderem esclarecer sobre a origem e sentido de tal gravura.



Posteriormente aos incêndios na floresta, fazem-se grandes terraplanagens das áreas ardidas, preparando os terrenos para nova reflorestação de pinheiros e não só... No sentido de preservar a pedra e a gravura, evitando a sua destruição durante essas operações, a mesma foi retirada para lugar seguro, ficando a aguardar que alguma informação nos chega e assim podermos dar o melhor destino ao achado.



Seja como for, a pedra esta cá e o Enigma? Permanecerá?...



segunda-feira, 30 de julho de 2012

Aldeia de Castelões


Engaranho

[Portugal: Trás-os-Montes]  Fraqueza geral que atrofia as crianças; raquitismo.


É muito antiga a devoção e romagem à Nª Senhora das Necessidades e do Engaranho, que se encontra na ermida edificada em plena serra próxima da Aldeia de Castelões, no concelho de Chaves.


Por traz da capela, existe um penedo em forma de concha, com água que nunca seca e à qual crianças ou adultos, portadores de atrofia dos seus membros, acorrem.


Com a sua fé e crença em Nª Senhora, os pacientes vão até Castelões em busca da cura, deslocando-se à pequena ermida para o cumprimento de um antigo ritual e que consta do seguinte:

Chegados ao local, deve despir-se toda a roupa do paciente, despejar na sua cabeça nove conchas de água do penedo, sendo que na última, a concha deve ser arremessada para traz das costas, dar nove tombos no altar da Senhora, vestir uma roupa diferente e regressar a casa por outro caminho, deixando no local a roupa que levara vestida.



Segundo relatos das pessoas mais antigas, as vestes deixadas no local eram leiloadas pela população, sendo o valor encaixado, revertido a favor da Santa.
Actualmente, os pertences deixados, são depositados em contentores de roupa usada existentes na cidade.



São muitos os que visitam o local. Fica este testemunho.

Castelões, Chaves, 9 de Setembro de 1982

Visita à Senhora do Engaranho, pobremente recolhida numa ermidinha tosca da serra, com lindas vistas e muita solidão.
É um consolo verificar como o nosso povo teve artes de arranjar em todas as horas advogados para todas as suas aflições. A Desgraça é que os arranjou sempre no céu.

Miguel Torga, in Diário XIV


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Aldeia de Castelões

O Fontanário da Eira do Forno

Chegado a Castelões para uns dias de férias, logo reparo que há alterações na paisagem urbana do povo.

À passagem pelo local a alteração pareceu-me bem e mereceu a minha aprovação, contudo fiquei com a sensação que a obra seria polémica e geradora de diferentes pontos de vista.

Na primeira oportunidade que tive, peguei na câmara fotográfica e fui até às Costas do Forno, fotografar e tentar entender o que se passara para mudarem de local o velho fontanário da eira.



Segundo os promotores da alteração, a ideia surgiu depois de um camião de grandes dimensões ao fazer a manobra de inversão de marcha, por pouco não tocou no fontanário provocando a sua destruição, acrescida pelo facto de já terem acontecido situações semelhantes em anos passados obrigando a recorrer ao cimento para remendar os rombos provocados na pedra.

Os mais otimistas são de opinião, mais que a preservação do fontanário, podemos adicionar a facilidade com que qualquer tipo de veículo agora pode entrar e manobrar na grande eira do forno, bem como da eliminação do gelo que se formava nas noites frias de inverno, provocado pela água do fontanário que corria pelo chão fora, originando a queda de muitas pessoas.



Já os de opinião contrária afirmam que, era uma coisa dos antigos e que assim deveria permanecer, fechando os olhos aos novos tempos e às novas realidades.



Parece-me uma obra útil, sem descaracterizar o local e que brevemente acolherá o consenso de todos.